quarta-feira, 15 de junho de 2016

Livros Warpzone

Galera, hoje venho trazer uma dica muito legal pra quem gosta de se informar sobre o mundo dos games clássicos! Vocês precisam conhecer os livros da Warpzone, que são publicações de qualidade, ricas em informações, curiosidades e estão nas bancas de jornal e livrarias por um preço bem acessível! Vou apresentar rapinho cada uma das coleções Warpzone, que na minha opinião, são umas das melhores publicações brasileiras, voltada para os Old Gamers.

Warpzone Clássicos


Esse livro conta sempre a história de uma franquia famosa dos vídeo games, como tudo começou, os jogos e a evolução no decorrer das gerações e muitas curiosidades. As ilustrações são belíssimas, destaque para as capas da publicação, que são artes inéditas feitas especialmente para estes livros. A primeira edição da Warpzone Clássicos, destrinchou a história da franquia Mortal Kombat e a segunda edição, a de Street Figther. 




Warpzone Biografias

Na coleção Biografias, nós conferimos a história de personagens queridos dos games. Claro, sempre recheado de muitas curiosidades. A primeira edição trouxe a história do Super Mario, mas o livro não se limitou a falar somente do mascote da Nintendo. Na primeira edição temos também histórias e curiosidades sobre o Crash Bandicoot, o ninja Goemon e o lagarto Gex. Na segunda edição, temos a história do Sonic, Klonoa, o urso Banjo e Rayman.


Warpzone 101 Games

Por último, temos a coleção Warpzone 101 Games, que é minha publicação favorita. Cada livro conta a história de um console que marcou geração e uma lista de 101 excelentes jogos do vídeo game. A lista descreve desde o ano de lançamento do game, a desenvolvedora, enredo e claro, curiosidades, muitas curiosidades! A primeira edição, abordou o Super Nintendo e trouxe 101 games maravilhosos desse console. A segunda edição, trouxe o Mega Drive e mais 101 games arrasadores desse poderoso vídeo game. Já na terceira edição, foi a vez do NES, nosso querido Nintendinho e na quarta edição, o Master System. 




É isso aí turma, essas aí são as minhas Warpzones, corre na banca ou livraria mais próxima e garanta seus livros. Material de primeira pra quem curte informação do mundo retrogamer. Deixo aqui meus parabéns para a Warpzone e desejo que continuem firmes nesse trabalho! Valeu galera, nos vemos na próxima fase!

sábado, 11 de junho de 2016

Game da Semana - Alex Kidd In Miracle World

E aí galera, tudo firmeza? Espero que sim! POG trazendo mais uma sugestão de game para você conhecer, se divertir ou relembrar. Como falamos esta semana sobre a história do Master System, nada mais justo que apresentar um pouquinho de um game marcante do console. Então se acomode e pegue seu controle, por quê o escolhido da vez, foi o divertido Alex Kidd In Miracle World.



Lançado em 1986, Alex Kidd foi o primeiro mascote da Sega até a chegada de Sonic em 1991. O seu primeiro game foi bem recebido pelos donos de Master System, mas não conquistou uma fama tão avassaladora no mundo dos games quanto seu concorrente, o encanador da Nintendo Super Mario. Mesmo assim, Alex Kidd conseguiu fazer sucesso na plataforma de 8 bits da Sega e seu primeiro game, Alex Kidd In Miracle World, é considerado uma das pérolas do Master System. Posteriormente o personagem ganhou outros títulos para Master System e também para o Mega Drive, mas na minha humilde opinião, Miracle World é em disparado o título mais marcante da franquia.

No game controlamos o pequeno Alex Kidd, um jovem com orelhas bem grandes e que possui socos tão poderosos que podem quebrar até pedras. Na trama, Alex descobre ao encontrar um homem perto de morrer, que o rei desapareceu de Radaxian e que o vilão Janken, usurpou para si o reino, além de sequestrar o herdeiro do trono e sua noiva. Antes de morrer o homem entrega a Alex um mapa e um medalhão mágico, que o ajudarão a completar sua aventura. 



Alex Kidd In Miracle World tem uma mecânica de jogo bem simples que o diferencia dos demais games de plataforma. Aqui, o pequeno Alex vai ter que percorrer as diversas fases do game, derrotando seus inimigos com seus mega socos e coletar dinheiro encontrados em caixas ou espalhados pelos cenários. Com o dinheiro Alex pode comprar power ups, que lhe conferem poderes especiais e veículos, como a motocicleta e um pequeno helicóptero, que funciona com pedaladas. Outra coisa bem divertida são os duelos de pedra-papel-tesoura, brincadeira japonesa conhecida como "jokenpô". Quando você encontra os capangas de Janken, você será desafiado por eles a uma partida de pedra-papel-tesoura e caso vença, poderá seguir adiante. As fases são bem coloridas e as músicas bem marcantes, mas um pouco repetitivas. Mas sem sombra de dúvidas, todos esses elementos fazem de Alex Kidd In Miracle World, um dos games de plataforma mais bonitos e divertidos da era dos 8 bits. 



Então meu amigo, que tal conhecer esse maravilho clássico do Master System? Se curte games de plataforma, esse é um título que você tem que experimentar! E se você já conhecia, deixa seu comentário aí embaixo sobre o game! Conte como foi sua experiência jogando Alex Kidd In Miracle World! Vamos ficando por aqui e até a próxima fase galera! Valeu! 

quinta-feira, 9 de junho de 2016

A história do Master System

E aí galera, firmeza com vocês? Hoje quero contar um pouco pra sobre a história de um dos vídeo games mais queridos pelos brasileiros: O Master System! Esse console, embora não tenha conquistado o sucesso que merecia, tem hoje uma legião de fãs pelo mundo todo e uma biblioteca de jogos incríveis. Então vamos lá, sem enrolar, começando em 3. 2. 1...


O começo da Sega no Mercado de Consoles

Antes de falarmos sobre o Mater System, acho interessante começar a contar sobre um pouquinho da estréia da Sega na produção de consoles. No início da década de oitenta, a Sega era uma empresa muito conhecida no Japão pelos seus jogos de arcade e nesse mesmo período, o mercado de vídeo game enfrentava uma crise desencadeada pela Atari. A Sega não se intimidou com a situação  desfavorável para a venda de consoles e buscou reverter a situação no Japão, lançando o SG-1000 em 1983, o SG-1000II em 1984 e o Sega Mark III em 1985. Com a venda desses consoles, a Sega conquistou uma fatia do mercado de games no Japão e seus consoles chegaram a ser lançados até mesmo na Europa, na Austrália e Nova Zelândia. Entretanto no Japão, a Sega sempre ficava à sombra de sua rival: a Nintendo com seu Family Computer ou Famicom, console de 8 bits lançado em 1983, dominava o mercado de consoles do país. O Famicom tinha um Hardware mais poderoso que o SG-1000, o que possibilitava jogos mais bonitos e bem trabalhados, o que fez a Sega correr para recuperar o prejuízo, lançando no ano seguinte o SG-1000II. Porém a mesma coisa se repetiu com o SG-1000II, baixas nas vendas e a Nintendo na liderança do mercado de games. Mas isso não era por quê os consoles da Sega eram ruins, muito pelo contrário. O Hardware dos consoles da Sega eram muito competentes e se sobressaíam sobre outros concorrentes, porém as baixas nas vendas dos seus consoles, eram justificadas devido ao contrato de exclusividade da Nintendo. Esse contrato obrigava as empresas desenvolvedoras de games que tivessem interesse em trabalhar com a Nintendo, a lançar seus títulos somente para ela. Isso causou polêmica entre as desenvolvedoras, pois era uma tentativa clara de monopólio por parte da Nintendo. Entretanto ir contra a líder do mercado de games da época, era seguir por um caminho duvidoso e o que resultou foi quase cem por cento das produtoras de games, assinarem contrato com a Nintendo. Isso refletiu na Sega, que para sobreviver com seus consoles, tinha que desenvolver seus próprios jogos. A Sega era competente nessa produção e o SG-1000 e SG-1000II, contavam com bons jogos, mas a sua biblioteca era limitadíssima, pois a Nintendo tinha nas mãos, as empresas third-party mais famosas e seu Famicom estava rindo à toa, cheio de jogos. Era claro para a Sega que ela não sobreviveria no mercado de consoles trabalhando sozinha. Mas mesmo assim, em sua terceira tentativa no ano de 1985, a Sega lançou no Japão o Sega Mark III, este sim é o Master System que viríamos a conhecer em breve, com um visual diferente. O Mark III era um console bem mais poderoso que seus irmãos mais velhos, até mesmo que o Famicom, mas a Nintendo já havia se firmado no mercado japonês e a Sega mais uma vez não emplacou nas vendas. 

O Sega Mark III: a terceira tentativa da Sega no mercado de consoles.
O Sega Mark III foi o console oficial de 8 bits da Sega até 1987, ano em que o Master System foi lançado no Japão. Porém o Master System era basicamente o mesmo Sega Mark III, com poucas diferenças. A principal mudança foi no design do console. O Sega Mark III era branco com detalhes em cinza e tinha ângulos mais retos. Já o Master System era totalmente preto com detalhe em vermelho próximo a entrada do cartucho e seus ângulos eram mais agudos na parte de cima do console. Esse tapa no visual deixou o vídeo game com uma aparência mais agressiva e futurista. Outra diferença era que o Master System japonês já vinha com um chip de som FM embutido no console, que conferia maior qualidade de som aos jogos. A Sega também lançou para o Master System, os Óculos 3D, compatíveis com alguns jogos. Isso tudo deu um novo sopro de vida para a Sega no Japão, mas mesmo assim não foi suficiente para aumentar o número de vendas em sua terra. Com o mercado de games já dominado no Japão pela Nintendo, a Sega decide então levar o Master System para outros países.

Os EUA e Europa

Além do Japão, os mercados que se mostravam mais lucrativos para vídeo games, nos anos oitenta eram os EUA e Europa, e a Sega não perdeu tempo, lançando o Master System por lá também. Só que a história do console foi diferente nesses dois países. Nos EUA, o Master System foi lançado em 1987 e a Nintendo já atacava com seu Nintendo Entertainment System, ou NES, como ficou conhecido, e aqui no Brasil, foi chamado carinhosamente de Nintendinho. Além do mais, a estréia de Super Mario Bros em 1985, reformulou o conceito dos games de plataforma da época e todo mundo só queria jogar o game do encanador bigodudo. Pra não ficar de fora da festa, a Sega tenta emplacar lançando seu próprio mascote, o Alex Kidd, no game Alex Kidd In Miracle World, de 1986. O game vendeu bem, não tanto quanto Super Mario Bros, mas Alex Kidd caiu no gosto dos jogadores, ganhando outros games para Master System e foi considerado o mascote oficial da Sega até a chegada de Sonic em 1991. Outra coisa desagradável para a Sega nos EUA, foi a escolha da distribuidora. A Tonka, uma empresa de brinquedos foi responsável por um péssimo marketing e distribuição do console na terra do Tio Sam. Já na Europa, a coisa foi bem diferente. Dessa vez foi a Nintendo que teve um início difícil por aqui. As distribuições do NES não foram boas e o preço do console era muito caro. A Sega chegou com o Master System e não demorou pra este se tornar mais popular que o NES. Com a popularidade cada vez maior do Master System, a Sega passou a contar com o apoio de Softhouses europeias na produção de títulos para o console. O Master, também contou com um apoio muito maior da Sega europeia até 1996, ao passo que a Sega Americana, desistiu do Master System quatro anos antes. Tudo ocorreu muito bem na Europa e o Master System conquistou o tão merecido lugar no coração dos jogadores. Com as receitas acumuladas com suas vendas no mundo todo e levando em conta o ocorrido no mercado europeu, a Sega percebeu que pra sair na frente, teria que lançar seu produto antes dos seus concorrentes. É nesse período que a Sega japonesa, começa a desenvolver os projetos do seu console de 16 bits, o famoso Mega Drive, que seria lançado em 1988.Mas a história do querido Master System, ainda estava longe de acabar, pois em 1989, ele chegaria no país onde encontraria seu verdadeiro lar: o Brasil.

Para rivalizar com Super Mario Bros, a Sega cria em 1986, seu primeiro mascote.

O Master System no Brasil e o trabalho da Tec Toy

A Tec Toy era uma empresa brasileira de brinquedos eletrônicos que estava começando a ter reconhecimento no mercado nacional. Para lançar o Master System, seus empresários tiveram que convencer a Sega que não iriam cometer os erros da Tonka nos EUA e provar que uma empresa de brinquedos poderia ter sucesso na distribuição do vídeo game. Um fator positivo que contou muito a favor da Tec Toy, era que esta tinha sido muito bem sucedida na venda de outro produto da Sega aqui no Brasil, a Pistola Zillion, superando até mesmo as vendas no Japão. A Sega teve tempo para ponderar e no fim, bateu o martelo e deu o voto de confiança para a Tec Toy. Em 1989 o Master System foi lançado no Brasil, com um grande catálogo de ótimos jogos. A Tec Toy investiu pesado em campanhas de marketing e comerciais do Master System em revistas e televisão. Novos títulos não paravam de chegar no mercado nacional e em pouco tempo o Master System já era um vídeo game muito conhecido pelos brasileiros. O maior desafio da Tec Toy, não era a ameaça da Nintendo, pois o NES só viria a a aparecer por aqui bem depois nas mãos da Playtronic. Na verdade, o maior desafio da Tec Toy, era o número enorme de clones do Famicom, ou "Famiclones" como foram apelidados. Esses vídeo games, eram compatíveis com o NES, usavam peças bem mais baratas, e não pagavam royalties. Exemplos desses vídeo games eram o Phantom System da Gradiente e o Dynavision da Dynacom. Entretanto, o Master System foi ganhando cada vez mais espaço, as vendas iam cada vez melhor, mesmo com a chegada do Mega Drive, em 1990. Além disso, a Tec Toy não parava de trazer novos jogos para o Brasil e o Master System já tinha um bom catálogo de games com muita diversidade. Uma divisão da Tec Toy começou a modificar jogos, com a benção da Sega, para localizá-los para o mercado brasileiro. Surgiram títulos como Mônica no Castelo do Dragão, Chapolin X Dracula: Um Duelo Assustador e Férias Frustradas do Pica-Pau, exclusividades para os gamers da nossa terrinha. E a Tec Toy não parava por aí. Quando a era do 16 bits começava a ganhar força no início da década de 90, a Tec Toy, começou a reduzir os custos de produção do Master System e lançou versões mais compactas para continuar vendendo o console e alguns já vinham com jogos na memória, como o Master System II, que vinha com Alex Kidd In Miracle World e o Master System III Compact, com o Sonic The Hedgehog. Mesmo assim, o tempo de ouro do Master estava começando a dar sinais de que estava chegando ao seu fim. O fim oficial do Master no Japão foi em 1989, mesmo ano da chegada do console no Brasil. Já nos EUA, o console veio a se aposentar em 1992, quando o Mega Drive caiu no gosto dos americanos. Já na Europa o Master System resistiu até 1995, mas aqui no Brasil esse console sorriu a toa até 1997, graças à dedicação e empenho da Tec Toy. A divisão de programação da Tec Toy, não parava de trabalhar e recebemos vários outros localizados como  As Aventuras da TV Colosso, Sítio do Picapau Amarelo, Castelo Rá-Tim-Bum, Phantasy Star totalmente em português e até mesmo Street Figther II. Enfim, com a chegada do Mega Drive e do Super Nintendo e toda a concorrência acirrada desses consoles de quarta geração, era natural que o Master System perdesse espaço para as novidades e suas vendas foram diminuindo cada vez mais. Em fim, a Sega mostrou-se bem sucedida tanto na Europa, quanto no Brasil com seu Master System. O trabalho que a Tec Toy fez com o Master, é reconhecido e respeitado até mesmo no exterior e mesmo nos dias de hoje, o Master System ainda é produzido aqui no Brasil. Fomos felizes de ter conhecido este console tão rico, tanto em jogos quanto em história e sem sombra de dúvida, a legião de fãs que o Master System conquistou no Brasil, será responsável por manter seu legado vivo pra sempre!

Graças ao trabalho da Tec Toy, o Master System conquistou o mercado brasileiro.

E os jogos?

Embora o acervo de jogos do Master System seja bem menor que o do NES, seu catálogo conta com ótimos clássicos, jogos muito queridos tanto pelos fãs da Sega, quanto pelos amantes dos vídeo games. Já citamos aqui o Alex Kidd, com seu game Alex Kidd In Miracle World, que foi a primeira tentativa de mascote da Sega. Embora tenha sido criado para rivalizar com Super Mario Bros, Alex Kidd não é uma cópia do encanador e seus games seguem uma linha diferente, mesmo sendo gêneros de plataforma. O primeiro jogo do Alex Kidd é considerado por muitos fãs, como o melhor game da série e o mais querido. Acho que até é impossível falar de Master System, sem citar Alex Kidd In Miracle World. Os games da Disney são outras pérolas do console. Foram vários games com Mickey e sua turma no console dentre eles Castle of Illusion Starring Mickey Mouse, The Lucky Dime Caper Starring Donald Duck, Land of Illusion Starring Mickey Mouse e Aladdin. 
O Master também conta com vários RPGs aclamados, como Ultima IV: Quest of Avatar, Y's: The Vanished Omens, Miracle Warriors: Seal of The Dark Lord e o incrível Phantasy Star, cujo cartucho de 4 Mega, mostrou todo o potencial do Master System. Phantasy Star tinha gráficos e músicas incríveis para a época e foi um sucesso de vendas. A Tec Toy fez mais um belíssimo trabalho com o game, localizando todos os textos do jogo para o português. Um dos jogos mais incríveis do console.
Jogos de esportes não faltam. Alguns títulos famosos são Hang-On, Out Run, Super Futebol, Jogos de Verão e o saudoso Ayrton Senna's Monaco GP II.
Alguns games que utilizavam os famosos óculos 3D , Missile Defense 3-D, Zaxxon 3-D, Blade Eagle 3-D e Maze Hunter 3-D. Assim como o Nes, o Master System também tinha uma pistola que era utilizada para games de tiro como Safari Hunt, Rescue Mission, Wanted e Assalt City. 
O segundo e mais famoso mascote da Sega, o porco espinho Sonic, também fez sucesso no Master System em dois ótimos games, Sonic The Hedgehog e Sonic The Hedgehog 2. Embora tenham os mesmos nomes que os jogos que saíram para Mega Drive, ambos são versões diferentes e não podem ser considerados como conversões. 
E por falar em conversões, temos várias e de ótima qualidade: Golden Axe, Streets of Rage, Strider, After Burner e Altered Beast, apenas para citar alguns. Outros clássicos indispensáveis são Shinobi, Zillion, Wonder Boy In Monster Land, Fantasy Zone, Forgotten Worlds e Space Harrier. Vale também destacar os games localizados para o Brasil produzidos pela Tec Toy, que hoje são consideradas peças muito apreciadas pelos colecionadores, não pelo seu valor monetário, mas como lembrança de um momento incrível para os games brasileiros. 
E você? Também conheceu o Master System? Quais games você teve o prazer de jogar? Deixa seu comentário aí pra gente. Fale o que você achou da matéria. Espero que tenha curtido e se puder, participe aí deixando uma mensagem ou uma sugestão para escrevermos aqui no POG. Valeu turma e até a próxima fase!!!

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Game da Semana - Streets Of Rage

Fala galera, tudo beleza? Espero que sim! Hoje estaremos iniciando uma nova série de postagens, onde toda semana você poderá encontrar uma sugestão de game, bem da hora pra você curtir. Se você já conhecia o game, vale a pena relembrar, mas se não conhece e procura por uma diversão garantida, esse post foi feito mesmo foi pra você. Então olha aí o game escolhido pra essa estréia e divirta-se!

Streets Of Rage, é um game no bom e velho estilo briga de rua, ou Beat'em Up, aqueles jogos em que você escolhe um personagem e sai distribuindo socos e chutes em tudo o que aparece pelas fases. Esse tipo de game era febre na geração 8 e 16 bits, diversão e desafio garantidos para o jogador. Streets Of Rage, é sem dúvidas um dos Beat'em Ups mais aclamados dessa época e um clássico cultuado do Mega Drive. 


                         




Aqui você pode escolher entre três lutadores, Axel, Adam e Blaze, três ex-policiais que decidiram fazer justiça com as próprias mãos e libertar sua cidade do crime organizado liderado pelo temido Mister X. Cada um dos três lutadores tem características diferentes e você pode jogar no modo cooperativo com um segundo player, o que torna o game mais divertido. No game você pode dar golpes nos inimigos, pegar itens e armas que você encontra pelas fases, ou que são derrubadas pelos adversários e aplicar um ataque especial, que derrota todos os inimigos da tela, porém você só poderá executar esse ataque pouquíssimas vezes. Os comandos respondem muito bem e a dificuldade é elevadíssima. O design das fases são bem lindos, mas o ponto forte do game, sem dúvida é a trilha sonora, produzida pelo mestre Yuzo Koshiro. Ah e o jogo tem dois finais, um bom e um ruim, que aumenta ainda mais o fator RePlay.


Eu sou muito fã de jogos no estilo briga de rua. Joguei muito na minha infância e quando eu peguei meu Mega Drive pela primeira vez, tive sorte de jogar logo de primeira esse jogo e de cara já virei fã. A série Streets Of Rage conta ainda com mais dois games, totalizando três jogos muito bons e todos saíram para o Mega Drive. 
Streets Of Rage está entre os games favoritos do estilo Beat'em Up e sempre vai ser lembrado como um dos melhores jogos do Mega Drive. Taí então nossa sugestão de game da semana, pessoal! Espero que vocês tenham curtido e acompanhem nossas próximas dicas! Valeu e até a próxima fase!!!

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Por que os games antigos são tão difíceis?

Você que acompanha a evolução dos games desde a era dos arcades, 8 bits  e afins, deve em algum momento ter comparado a dificuldade dos games da década de 80 e 90, com a dos jogos da atualidade. Realmente a maioria dos games antigos são beeeem diifíceis. Eu por exemplo, quando tinha meu nintendinho  e comprei o cartucho Battletoads, não sabia a encrenca que estava me metendo. Ainda hoje tenho pesadelos com esse jogo. Foram longos meses até passar da maldita terceira fase e mais outros até terminar o game (Sim, eu zerei Battletoads, hahahaha!!!). Tive que decorar os padrões dos inimigos, a ordem em que eles apareciam, a sequência dos estágios e um monte de outras coisas, como precisão e reflexos. E isso era o que acontecia com a maioria dos gamers dessa época. Para zerar um jogo, era preciso dedicação, prática, paciência e muita decoreba. Era aí que estava toda a diversão daquele tempo. Mas então, por que esses jogos mais antigos eram tão azedos na dificuldade? Tem explicação para isso? A resposta é sim! Essa dificuldade exagerada na maioria dos jogos antigos, têm muitas explicações e não era um simples resultado da insanidade dos programadores, como você pensava. Então, aperte o Start e vamos conferir algumas das respostas mais óbvias para essa pergunta!



Antes de tudo é preciso entender a limitação dos jogos daquela época. Se você compreender como era a tecnologia de antes se comparada aos padrões de hoje, então já irá entender praticamente tudo. Nas décadas de 80 e 90, os arcades ou fliperamas, eram os video games mais poderosos, até mesmo do que os consoles, pois eles tinham placas maiores, melhores processadores, podiam produzir sons e gráficos com maior qualidade. Entretanto a grande maioria dos arcades, só tinham um game pra ser jogado, ao passo que os consoles, contavam com a vantagem de possuírem uma biblioteca extensa de jogos, porém com a qualidade inferior à de um arcade. Um cartucho de Famicom ou de Master System (ambos video games de 8 bits), tinham uma memória limitadíssima. Isso resultava em jogos bem curtos. "Jogos curtos? Como assim cara? Eu levei meses para zerar meu Sonic e vários anos pra terminar Ninja Gaiden!" Você deve tá se perguntando isso agora né? Calma, que vou explicar. Pois bem, eles eram curtos sim. A esmagadora maioria dos games de antigamente, contavam com poucas fases, umas cinco ou seis. Mais do que isso, implicava produzir cartuchos com memórias maiores e consequentemente, mais caros. Pegue Double Dragon de Nes por exemplo. O game só tinha quatro fases! A partir da terceira fase, elas  contavam com mais estágios, mas o jogo não deixa de ter quatro fases. Um jogador habilidoso, termina o Double Dragon em uns vinte minutos ou menos até! Mas é aqui que os programadores faziam uma coisa legal. Com a pouca memória dos cartuchos, eles reaproveitavam vários elementos do jogo como inimigos, power ups, backgrounds e repetiam em quase todo o game. Então era fácil você ver o mesmo tipo de inimigo da primeira fase, puxando briga com você na última ou ver a quinta fase de um jogo, ter um cenário parecido com a segunda do mesmo. Porém, com tudo isso e com o jogo já quase pronto, era preciso colocar alguma coisa no game, para "esconder" o real tempo do gameplay, senão os jogadores perderiam o interesse no jogo rapidinho. Então, alguém teve a brilhante ideia de aumentar a dificuldade desses jogos, para que o jogador só conseguisse terminar o game depois de muitas e muitas partidas. Chegamos então na primeira resposta! Tecnologia limitada resultava em games com um gameplay menor e para aumentar a vida útil e o interesse do jogador pelo game, os desenvolvedores aumentavam a dificuldade. Simples não é mesmo?

Double Dragon, contava com poucas fases e uma dificuldade altíssima
Essa não é a única explicação para a dificuldade dos games de antigamente. Vamos lá, se lembra do que eu falei antes sobre os arcades, que eles eram os video games mais tops e tal? Pois bem e eles eram mesmo. A maioria das pessoas que curtiam games no início e no decorrer dos anos oitenta, não tinham grana pra comprar um console. Video games eram caros até naquele época, tá pensando o quê? Como essa galera toda se virava então pra jogar? Quem não tivesse um amigo com um console e fosse convidado pra jogar, a alternativa mais simples era ir numa casa de fliperamas. Era febre no Japão e Estados Unidos nessa época, esses points com vários arcades, cada um com um game de estilo diferente. Bastava o mano chegar nessas casas e usar o troco do pão para conseguir umas fichas que funcionavam como os continues do game. Você colocava a primeira ficha pra jogar e quando dava Game Over, para você continuar a jogar tinha que colocar outra ficha. Acontece que pra ter um arcade era necessário desembolsar uma grana muitíssimo maior que um console e os proprietários precisavam de uma garantia de que o investimento daria retorno. A essa altura você já deve ter sacado qual foi a alternativa que as empresas utilizaram como garantia né? Os jogos seriam beeeeem difíceis de se terminar! E isso era uma característica dos arcades. A dificuldade insana dos games. A moçada se viciava nos joguinhos e pra ser o bonzão da turma, tinha que praticar e praticar, ou seja comprar muitas e muitas fichas! Terminar um game de arcade, na primeira jogada sem conhecer antes o game? Nunca meu filho, só se você fosse um fenômeno! O que víamos aqui era muitos jovens reunidos nas casas de arcades, com os bolsos cheios de fichas. Foi nessa época que começou a surgir nos consoles, versões mais simples dos games famosos de arcades, as chamadas conversões para consoles. Isso por que a galera além de curtir os jogos naquela birosquinha da esquina, curtia mesmo era jogar seu game favorito em casa, sem gastar seu dinheiro em fichas. Não deu outra, mais e mais lançamentos chegaram para os consoles caseiros, trazendo o sucesso dos arcades, claro com suas limitações, pois como eu disse antes, os consoles eram mais limitados. Porém, as empresas que produziam estes jogos, tentavam ao máximo deixar a versão caseira do game, o mais fiel possível ao original de arcade e claro, a nossa querida dificuldade estava sempre lá. Muitos games conhecidos foram convertidos para os consoles nesse período, como o já citado Double Dragon, Contra, o clássico game de tiro da Konami, o famoso Pac Man e o dificílimo Ghost'n Goblins. Então temos aqui mais uma explicação para os games difíceis da época. Muitos deles eram versões mais simples dos arcades, com o mesmo nível de dificuldade.

Casa de Arcades. Máquinas comedoras de fichas. E do seu dinheiro tbm
Ainda temos outros fatores que contribuíam para aumentar a dificuldade dos games antigos. Para não me alongar mais no assunto, vou citar um terceiro motivo que resultava na dificuldade elevada desses jogos: a ausência de elementos que auxiliavam os jogadores durante  seu gameplay. Esses elementos são os conhecidos passwords, checkpoints, save points e tutoriais, que só vieram se popularizar nas gerações 16 bits em diante. Alguns games de 8 bts até tinham algum ou outro desses elementos, mas é como eu já citei antes, qualquer alteração no formato do game, acarretaria em custos de produção ainda maiores. Lembro bem que os games de arcade e 8 bits, não tinham tutoriais, você tinha que aprender a jogar na raça e utilizando a sua intuição o que muitas das vezes resultava em perder uma vida no jogo. Você para se dar bem, tinha que decorar o padrão de movimento dos inimigos, das plataformas, onde ficava aquele item que você precisava para ganhar uma vida extra e o tempo que restava para se completar a fase. Alguns games como os da série Ninja Gaiden, te obrigava a ter reflexos de ninja, pois eram muito comuns que jogos de ação e plataforma dessa época, exigissem que o jogador fosse realmente impecável no gameplay para chegar até o final. E isso só era possível, depois de várias e várias tentativas e dedicação. Pouquíssimos jogos salvavam o progresso do jogador, quando me pego recordando quais eram os títulos que possibilitavam salvar o jogo, só me vêm a cabeça Final Fantasy do Nes e o Phantasy Star. Ambos os games, eram enormes pra época (claro, eram RPGs) e contavam com uma bateria dentro do cartucho que salvava o game. Mas também se games de RPG não tivessem um Save ou um password, ninguém teria paciência pra jogar a mesma história enorme do começo, toda vez! Já na era dos games de 16 bits esses elementos de auxílio ao jogador, já estavam presentes em muitos dos jogos, pois eram games com capacidade muito superior. Os jogos eram bem maiores e muitas vezes os programadores precisavam colocar nesses mesmos jogos, alguma coisa que permitisse ao jogador continuar seu game de onde ele parou. A alternativa mais comum era o Password, que consistia em digitar um código que o próprio game te dava ao final da partida. Mas era muito comum encontrar um jogo que salvava o progresso no próprio cartucho. Entretanto, isso não significa que os jogos dessa época eram menos difíceis! A dificuldade permanecia sim, quanto mais longe você chegava no game, mais difícil ele ficava. Ah, e a grande maioria dos games de Super Nintendo e Mega Drive por exemplo, ambos consoles da quarta geração, não vinham com esses recursos o que te obrigava a terminar todo o jogo numa só partida! 

Jogos de 16 bits eram maiores e alguns contavam com opções save e password
Mas vou contar uma coisa pra vocês. Essa dificuldade que os games antigos apresentavam, fazia parte do charme dessas gerações. Sem dúvida, é possível pra qualquer um se divertir com esses jogos, mas para aproveitar 100% desses games, era necessário dedicação, paciência, prática, habilidade e a sensação de vitória ao completar todos os desafios, era muito gratificante. 
É isso aí turma, espero ter explicado um pouquinho do por quê os games antigos são difíceis, o assunto é bem mais extenso do que vocês imaginam. Caso vocês se interessem mais, podemos fazer outros posts continuando essa discussão. Mas e aí, o que acharam do assunto? Você concorda com o que foi descrito? Tem alguma outra explicação para o assunto? Quais os games mais difíceis que você jogou? Deixa aí nos comentários! Vamos participar, sua opinião é muito importante e incentiva a continuar nosso trabalho! Grande abraço pra todos vocês e até a próxima fase!




terça-feira, 24 de maio de 2016

Sejam Bem Vindos ao POG

E aí galera, tudo beleza? Sejam bem vindos ao Portal Old Gamer (POG), seu mais novo blog especializado em games retrô. Aqui você vai encontrar matérias bem legais toda semana, como histórias dos consoles, jogos famosos (ou desconhecidos), curiosidades, análises, colecionismo, tutoriais e muito mais. 
Vamos viajar para um mundo cheio de nostalgia e relembrar os tempos dos consoles de 8 e 16 bits, os arcades, as locadoras de video games e tudo mais relacionado ao universo dos jogos antigos. 
Espero que gostem do formato do POG e participem sempre que quiserem, pois será de grande ajuda e incentivo tudo o que vocês tiverem a acrescentar.